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A importância da soja para o Brasil

in Artigos, Duquima

A importância da soja na economia brasileira está relacionada a diversos fatores históricos, políticos e climáticos, tendo como pilar o agronegócio. Antes vamos conhecer um pouco mais sobre a história do grão e saber como ele se tornou o principal produto de exportação brasileiro.

A história da soja no Brasil

A história da soja no Brasil

A soja cultivada hoje é resultado do cruzamento natural entre a soja selvagem e a soja melhorada geneticamente por cientistas chineses da antiguidade. Foi em 1960 que o brasil começou a enxergar a soja como um produto comercial.

Com o passar do tempo, os investimentos em pesquisas corroboraram para a chamada “tropicalização” do grão, tornando possível que a soja fosse cultivada em regiões de baixa latitude pela primeira vez na história.

Em 1990, o governo brasileiro intensificou a integração comercial entre os países, agregando grande valor ao agronegócio, sobretudo para produtos altamente competitivos, como é o caso da soja.

Atualmente, o Brasil é o segundo maior produtor de soja no mundo, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O primeiro lugar no ranking são dos Estados Unidos.

Somente na safra de 2019 e 2020, o país produziu 3.379 kg por hectares plantados, totalizando 124,845 milhões de toneladas, segundo levantamento do CONAB, realizado em setembro.

Atualmente, o Mato Grosso é o maior produtor de soja brasileiro. O Estado tem 10,004 milhões de hectares de áreas plantadas e produz 3.587 kg por hectare, totalizando 35,885 milhões de toneladas produzidas do grão.

Além de colocarem o Brasil em uma posição privilegiada no ranking mundial de exportação, a produção e o comércio da soja e seus derivados contribuem para a geração de emprego e renda, entre outras vantagens, conforme veremos ao longo deste artigo.

Soja e geração de emprego e renda

Soja e geração de emprego e renda

A crescente demanda mundial de óleo de soja e proteína consolidou a liderança do Brasil no mercado mundial. Consequentemente, a produção e venda da soja e seus derivados vem contribuindo para a movimentação da economia regional, melhorando a vida das pessoas que vivem do agronegócio.

Paralelamente à implantação de novas tecnologias, o produtor brasileiro passou a produzir mais e melhor, o que significa o aumento da necessidade de mais mão de obra também. Na prática, são mais empregos na área rural e nas indústrias.

No entanto, a alta produtividade costuma estar relacionada às grandes propriedades, o que não é verdade, conforme esclarece Bezzera (2009). Segundo o autor, as pequenas propriedades são responsáveis pela maior parte da produção.

Assim, podemos mensurar o quanto a soja é importante para os pequenos e médios produtores. Além disso, quando falamos em agronegócio, precisamos entender que há inúmeras atividades pertencentes a ele.

Para melhor compreender, o agronegócio pode ser definido como a conciliação de vários negócios interdependentes. Ou seja, se o maquinário precisa de graxa para funcionar, por exemplo, produtores desse insumo também estão inclusos na cadeia produtiva.

Da mesma forma, se um criador utiliza farelo de soja na alimentação dos gados de corte, esse negócio também está incluso na cadeia produtiva. Por isso, vários autores ressaltam o agronegócio como uma relação de interdependência entre setores.

A importância da soja na balança comercial brasileira

A importância da soja na balança comercial brasileira

A relevância socioeconômica da soja para o Brasil se reflete no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Segundo dados do CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), o agronegócio contribuiu em 21% do PIB, sendo as atividades agrícolas responsáveis por 68% desse montante.

Segundo a Embrapa, os bons números são resultado da alta participação da oleaginosa brasileira no mercado mundial, pois conforme já vimos, o Brasil ocupa a vice-liderança em produção de soja, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Segundo projeção do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Brasil produzirá cerca de 146. 533 mil toneladas de soja em 2026. Ainda segundo a entidade, a projeção de exportação contará com aumento de 21 milhões de toneladas.

De acordo com o MAPA, as áreas de cultivo da oleaginosa também devem aumentar significativamente. Esses aumentos expressivos da produção se darão, principalmente, pelo aumento no consumo do farelo de soja e do óleo.

Versatilidade da Soja

Versatilidade da Soja

A oleaginosa é muito versátil. Além do óleo de soja, o produto é comercializado em forma de grãos, de farelo, leite e outros diversos produtos alimentares, pois é muito rico em proteínas e nutrientes.

Entretanto, a soja tem se destacado também como matéria-prima para produção de produtos não alimentares. É o que comprova a United Soybean Board, conselho da Associação Americana dos Produtores de Soja.

De acordo com a instituição, a soja pode ser matéria-prima para a produção de plásticos, vernizes, solventes, adesivos, tintas para impressão entre outros produtos não comestíveis.

Com a alta no preço do petróleo, as indústrias têm buscado outros meios de substituí-lo. A soja tem demonstrado alto potencial nesse sentido, além de ganhar em termos de sustentabilidade e ser abundante.

A partir disso podemos concluir que além do comércio da soja e seus derivados, o grão está conquistando outros ramos do mercado. Assim, as previsões de crescimento da produtividade podem atingir números ainda mais altos, aumentando também a importância da soja na economia brasileira.