Sustentabilidade no campo: Um bom negócio.
Em busca de sustentabilidade no agronegócio
Em busca de sustentabilidade no agronegócio
A demanda por mais terras cultiváveis só aumenta, principalmente no caso de exportadores. No entanto, o uso abusivo do solo o deixa empobrecido, o que diminui a produção e afeta diretamente o bolso do produtor. Desequilíbrios ecológicos trazem uma série de problemas, como pragas, por exemplo.
Essa realidade só leva à percepção de que, para continuar extraindo rendimentos da terra, é preciso urgentemente adotar práticas mais sustentáveis.
A agricultura sustentável é sobre conseguir viabilidade econômica e garantir a necessidade de produção e qualidade de vida das gerações vindouras.
O resultado é o aumento na produção de alimentos, melhora na segurança alimentar e mais respeito com o meio ambiente.
A Constituição Federal, no artigo 225, afirma que todos temos direito a um ambiente ecologicamente equilibrado, havendo dever de protegê-lo e preservá-lo para futuras gerações.
Vários outros documentos apontam para a sustentabilidade como princípio norteador de ações políticas, empresariais e individuais.
Mas ainda há muito o que melhorar: o crédito rural, por exemplo, política pública responsável por financiar o custeio, os investimentos e a comercialização da produção, não tem incorporado a sustentabilidade como fator central de sua aplicação.
Como essa política é responsável por um terço do financiamento da atividade agropecuária no país, se começar a cobrar práticas sustentáveis, o impacto será significativo.
E como praticar a agricultura sustentável?
E como praticar a agricultura sustentável?
Algumas ações podem ser tomadas em direção à sustentabilidade, tanto a nível gerencial quanto operacional, tais quais:
- Diminuição do uso de adubos químicos, aumentando a qualidade da produção e diminuindo a agressão ao ambiente;
- Técnicas para diminuir a poluição;
- Sistemas de irrigação a partir da água das chuvas;
- Quando possível, deixar de usar pesticidas e nunca utilizar pesticidas ilegais;
- Respeito às leis trabalhistas;
- Diminuição do impacto ambiental através do uso de energia limpa;
- Não desmatamento para ampliar a área de plantio; entre outras ações.
Mas, afinal, isso é lucrativo para o produtor?
Mas, afinal, isso é lucrativo para o produtor?
Alguns produtores ainda enxergam a prática sustentável como um prejuízo e, consequentemente, uma desvantagem competitiva. Porém, pesquisas apontam em outra direção.
De acordo com pesquisadores, produtores que adoram programas de sustentabilidade e gestão têm melhor desempenho e resultado econômico.
Isso significa que alcançam maior produtividade com menos custos, resultados que agregam competitividade no mercado.
O bolso também agradece, porque produtores com bom desempenho socioambiental tendem a uma boa saúde financeira, além de serem bem-vistos pelo setor financeiro.
No fim das contas, a sustentabilidade está ao alcance de todos, independente do porte, e a tendência é que mais políticas surjam nesse sentido. Ou seja, é possível adotar práticas sustentáveis, colaborar com o meio ambiente e ainda sair ganhando.